domingo, 27 de setembro de 2009

Domingo

dia preguiçoso

arrumando armários entre uma ou outra esticada de costelas.

arrumar a casa é um pouco meditar.

Há que se ter um tanto de desapego,

já q não tenho o closet dos meus sonhos,

evitando a tendência inevitável ao obsessivo

e ignorando o sol e o céu azul do lado de fora.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009



Ele olhou pela janela e pensou...
estamos todos aqui.
A chuva havia esgotado suas lágrimas e uma fresta de nuvens deixava passar um tom azul de céu tímido.
Todos os pedaços de sua vida estavam reunidos num suspiro de memória que ali se aglutinara. Ele deixou muitas coisas para trás.
Escolheu seu caminho e o que levar na bagagem.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cajuína

Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina

Caetano

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Preciosos são os minutos não vividos,
aqueles apenas desejados,
enfronhados entre dentes.
À espera de um relâmpago que levante a luz,
são sementes que dependendo do vento
germinam
ou viram memória olfativa de um tempo.
Vivê-los não existe, pois seriam outros que não aqueles desejados.

domingo, 13 de setembro de 2009

Jasmins


SDC10671
Upload feito originalmente por Luciana Lima Fotos
As flores filtram o som da rua.
Abro a janela pela manhã e
sonho que os gritos indefiníveis que me acordaram noite passada não passaram de um pesadelo.
Mas dura pouco esta brisa.
Nas ruas, dia ou noite, só tenho ouvido gritos.
Pessoas perdidas, crianças perdidas.
A rua está um caos.
A vida está um caos.
E alguns minutos de perfume não me embriagam o suficiente.
Olho pra baixo e percebo dois homens, um deles com um carrinho de bebês com duas crianças dentro. Uma com meses e a outra que partilha a cadeira com no máximo dois anos. Os dois, homens, visivelmente drogados, abordam e pedem dinheiro aos motoristas que estacionam seus carros na rua.
A geração destes homens foi perdida, e a das crianças? Será?
Não sei se fazer minha parte é o suficiente. Onde está a ponta deste novelo embolado que não nos deixa criar uma sociedade justa? Dar uma casa a alguém que não vai poder sustentá-la, criar seus filhos e ter seus jasmins, margaridas, azaléias, na janela me parece um sonho torto.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

casa


Casa
pode ser pequena
ter irmãs iguais ao lado uma da outra
ser azul, verde ou preta
de pedra vidro ou vento
no alto do morro
debaixo da ponte
casa
é o canto onde encontramos nós mesmos

educação

Esse assunto carece de uma mesa de bar rsrs

Na minha opinião, a educação de uma pessoa deve passar primeiro pela família, pai e mãe ou seus substitutos diretos. A escola entra como apoio de acordo com a orientação de cada família que obviamente escolhe (quando é possível) a escola que mais se aproxima da sua linha de pensamento. O que ocorre hoje, com a transformação da estrutura da família, dois pais, duas mães, várias babás, pais que trabalham fora o dia todo, falta de outros membros da família presentes como avós ou tios já q as famílias são menores e a tendência hoje é que todos trabalham fora e não ajudam mais uns aos outros, isso tudo acaba inevitavelmente dispersando um pouco, multiplicando as referências das crianças, nos faz perder o controle do que eles aprendem e nos obriga a mudar também a estrutura da educação.
O que não podemos é deixar esta responsabilidade na mão de outros. Mesmo que de confiança ou orientados por nós. As crianças precisam se sentir seguras, confiar nos pais para aprender a dar valor ao respeito, ao seus irmãos, à família e ao vizinho, e tudo isso se tem a partir do exemplo de Pai e mãe que são o motivo de orgulho das crianças. Sempre seremos seus espelhos e modelos a seguir.Educação, conceitos de moral, valores, são bens culturais que são transferidos pela família seja ela natural ou não. Entenda-se por família o núcleo de criação da criança onde ela se sente em casa e segura, onde ela encontra amor e apoio e um exemplo a seguir. A escola por melhor que seja nunca vai substituir a família. O pai e a mãe devem estar sempre presentes, participando da criação dos filhos, decidindo e orientando. Mais até, mostrando ao seu filho que ele o ama e por isso se interessa, se preocupa e que ele é importante. Escola e babás, são ferramentas e devem acrescentar e não suprir.

Educar é difícil e não é uma tarefa que pode ser transferida para a escola.