sábado, 13 de novembro de 2010

Pegando emprestado o pedido

(...)
Que seja carioca no balanço

E veja nos meus olhos seu descanso
Que saiba perdoar tudo que faço
E querendo beijar me dê um abraço
Que fale de chegar e de sorrir
E nunca de chorar e de partir
(...)
Que saiba aproveitar toda a alegria
E faça da tristeza o que eu faria
Que seja na medida e nada mais.

domingo, 7 de novembro de 2010

Pausa para a vida real

Hoje, disse que não escrevo por que estou feliz.
O que fazer...
Estou feliz.
Feliz com o acordar de manhã e pedalar ouvindo minhas músicas.
Observar as pessoas no metrô pela manhã rumo ao trabalho.
Curtir a espera da surpresa desejada.
Sentir a energia que circula pelo corpo.
A inexplicável fé no futuro e a compreensão de que
o presente é o que tem que ser e, ponto.
Sentir o amor, tocar o vento, sonhar, desejar, ser eu mesma.
Ser eu mesma e compartilhar com os amigos.
Ter a coragem de ser irresponsavelmente como sempre quis ser e acreditar que posso tudo.
Sem dramas, sem obstáculos, sem sofrimento.
Com tantas distrações, esqueci de escrever.
Fui viver.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ferreira Gullar

Dois e dois: quatro


Como dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
embora o pão seja caro
e a liberdade pequena

Como teus olhos são claros
e a tua pele, morena

como é azul o oceano
e a lagoa, serena

como um tempo de alegria
por trás do terror me acena

e a noite carrega o dia
no seu colo de açucena

- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena

mesmo que o pão seja caro
e a liberdade, pequena.