quer estourar as paredes da caixa.
Há tempos atado
sem eco,
sem ar,
sem luz,
sem.
Se o peito gritar, GRITAR! você vai escutar?
Ou surdo, vai seguir indiferente?
Dor!
Não me cabes mais.
Dor!
Sem nome,
sem voz,
aprisionada e coagida a deixar de ser.
Dor!
Obrigada a fingir que não dói.
E até fingiu, obediente e iludida.
Não!
As máscaras não te esconderam tão bem.
Os anestésicos não te esvaziaram nem uma gota do amor aprisionado.
Suas ondas agora, devoram a areia por baixo dos muros de pedra.
O punho bate na parede sangrando as mãos até abrir uma janela.
E o som prisioneiro da minha voz sairá.
Vai ecoar ou seguir no silencio?
Não importa.
Só precisa gritar.
Gritar que ainda está aqui.
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