sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Antes da coisa toda começar


Conheci o Armazém em 2001 e na época, me identifiquei com aquele texto humano, voraz e preciso que invadia a privacidade dos meus pensamentos de uma maneira, que eu não conseguia acreditar como podia ser tão eu. Embarquei na viagem e passei a seguir a caravana.
Ontem fui ver o novo espetáculo, uma história onde as personagens escancaram nossos sentidos mais profundos, secretos, numa onda de emoções que vai da tristeza à alegria passando pela aflição da realidade e pelo cômico das situações comuns cotidianas. Mais uma vez, ri, chorei, me identifiquei com fragmentos de emoção que juntos, embaralhados no tempo e no espaço, contavam histórias de pessoas comuns, com desejos e medos. A música aparece desta vez tocada em cena e com uma presença coadjuvante que permeia diálogos, marca referências, veste as personagens de identidade e cria um clima intenso e poético. O cenário, dinâmico, bem pensado e explorado pelos atores, impressiona e cria belas surpresas junto com a luz e as projeções.
Fiquei mais uma vez grata à Companhia por mais esse presente.

domingo, 17 de outubro de 2010



















Retalhos de história
A cidade remenda seus vazios e segue viva
como a criança que cresce,
erra e acerta.
Se espalha, empurra, desanda.
Brota, desenterra.