sábado, 3 de novembro de 2012

encontros e dez encontros


















Eu perdi, ha muito tempo...
mas não perdi na rua ou no trem.
Perdi aqui dentro.
Não aqui na sala,
mas no peito, bem na caixa.
Demorou, mas encontrei.
Está aqui bem guardado agora.
Não está preso. Está livre.
Quando quer, se vai.
Mais cedo mais tarde volta.
Quando some uns tempos, dói.
Dói mais quando volta de repente, sem aviso.
Sem ar.
Mas fica e adormece outra vez no seu canto.
Até um dia quem sabe, ser acordado por uma flor.