domingo, 26 de agosto de 2012

Domingo no parque
















Sol no parque.
Sigo distraindo meu coração enquanto observo.

Encontros e desencontros.
Amores de fim de semana.
Pessoas fugindo da brancura das paredes do apartamento.
Dormindo no banco a espera do tempo.
Deixando as crianças correrem livremente sem o risco de enlouquecer os pais.
Vendedores de tudo.


E distraída percebi que...

encontrei e perdi partes de mim,
me apaixonei por mim mesma nem que apenas por um domingo,
fugi da bruma segura do meu quarto,
vi passar o tempo sem pressa,
soltei minha criança,
vendi minhas dores e voltei pra casa feliz.









































































domingo, 12 de agosto de 2012

Aos desassossegados anônimos

Não sou uma pessoa crente.
Minha desilusão com dogmas veio cedo.
Mas creio na energia criadora.
Uma entidade capaz de criar e destruir.
Energia que vem de cada ser na medida do seu desassossego.
Desassossego que move e transforma.
Que faz a vida parecer um quartinho pequeno para tantas vontades.
Desassossego que junta e separa.
Cria novos laços e desata nós.
A pulga atrás da orelha.
O bicho carpinteiro da alma.
A arte é a voz do desassossego.
Uma foto, uma história, um poema...
Cada um que bote para fora o seu a sua maneira.
Semeando inquietudes, abrindo janelas e deixando a luz entrar.