domingo, 12 de agosto de 2012

Aos desassossegados anônimos

Não sou uma pessoa crente.
Minha desilusão com dogmas veio cedo.
Mas creio na energia criadora.
Uma entidade capaz de criar e destruir.
Energia que vem de cada ser na medida do seu desassossego.
Desassossego que move e transforma.
Que faz a vida parecer um quartinho pequeno para tantas vontades.
Desassossego que junta e separa.
Cria novos laços e desata nós.
A pulga atrás da orelha.
O bicho carpinteiro da alma.
A arte é a voz do desassossego.
Uma foto, uma história, um poema...
Cada um que bote para fora o seu a sua maneira.
Semeando inquietudes, abrindo janelas e deixando a luz entrar.




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