domingo, 25 de dezembro de 2011


Um mês
Tempo passado em nuvens de absurdos
Nesse tempo, me apressei em equilibrar os pratos que sobraram na bandeja.
Sem prestar atenção, fui deixando o tempo curar o estrago causado pelas irresponsabilidades da alma.
Por vezes, quando prestes a perceber o vazio, virava a cara e olhava para outro lado, sem querer contar os minutos sem sua presença.
Sua não presença é tão absurda quanto sua presença ausente de hábito, o que me faz não compreender o que aconteceu e igualmente não posso explicar o que ainda me prende.
O som que vem de dentro ainda espera uma resposta mesmo que de um eco vago no escuro.
O limo do fundo, revolvido com a maré ainda não assentou.
Ainda passa em nuvens de desgosto e de uma realidade propositadamente ignorada, nublando um sentimento em que eu acreditava ou pensava acreditar.
Por vezes, um delírio se instala e quer tudo de volta. Mas a memória é cruel e me arremessa de volta à realidade da parede com toda força.
É quando dói.
...ainda...