segunda-feira, 19 de abril de 2010

Chão

O pé que não sustenta segue a pista.
Não tem chão.
O Dragão da Sorte,
leve como a nuvem,
não tem asas.
É alegre, veloz e canta mesmo ferido.
Vou dormir e sonho.
Aquele sonho recorrente que basta agitar os braços para alcançar o ar
Saio de casa, do prédio, da rua, do meu corpo.
É necessário agitar os braços, nadar mesmo.
caso contrário começo a descer e esbarro nos fios de energia.
Mas não posso agitar com tanta força, subo demais.
Tenho medo de altura.
Mesmo sonhando.
Me descubro do alto,
e nada é como assim me parece.
E onde começa e termina o sonho...
No chão certamente.

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