quarta-feira, 11 de maio de 2011

Tempestade

Depois de três dias de ventos fortes
que reviraram memórias e sentidos
fechou a janela e tentou dormir.
O que sentia era uma vibração intensa.
o sangue correndo pelas veias,
relâmpagos ofuscando seus olhos e
trovões explodindo em seus ouvidos.
Parecia entorpecida numa pista de boate,
escura e barulhenta,
querendo controlar as pernas
que não queriam ser controladas.
Simplesmente dançavam.
Uma sensação de que daquele dia em diante
Nada mais seria como antes.
Nada mais teria a mesma cor
o mesmo cheiro
o mesmo som.

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