terça-feira, 27 de maio de 2008

Asas no jardim

e ficou no meio...
o tato, sem as pontas dos dedos.
o cheiro, sem o gosto.
o desejo, sem a curva da estrada que traz a surpresa da paisagem.
Como a montanha russa que pára segundos antes da descida
No susto, a fúria, o vazio.
dormi, acordei...
acordei?
Por fora tudo volta ao normal...
Na rua, mais um dia.
Ninguém percebe diferença.
quase ninguém...

Mas estavam lá!
discretas e retorcidas em meio a grama.
Assim como eu.
E só eu vi.
Quis guardar...não, deixei ir.
Só eu vi.

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