domingo, 6 de junho de 2010

Soundtrack 1#

Musica pra mim é um ingrediente quase fundamental. Quando não estou ouvindo, estou cantando ou dançando.
A depender da música, ouço como uma companhia, um estímulo, um mantra, um remédio, um entorpecente...
Tentei aprender a tocar piano e violão. Desisti. Não tenho talento nem a paciência e a perseverança necessárias. Me contento em ouvir, isso faço muito bem.
Quando eu era bem criança, os vinis de casa eram minha referência. Os únicos discos infantis de que me lembro eram aqueles vinis coloridos de histórias e um LP do Carequinha que eu tinha.
O que me marcou mesmo foram os discos da minha mãe: Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethania, Roberto Carlos, Secos e Molhados (eu adorava aquela capa) e algumas trilhas de novelas como Dancing Days e Estúpido Cupido.
Dancei muito pulando de disco em disco que eu espalhava pelo chão. Tinha um quê de "mamãe sou Chacrete" nessa brincadeira e me sentia a tal ouvindo Celly Campelo. No fim, acabava arranhando os discos.



De Chico, gostava da Geni e o Zepelim, aquele drama todo, aquela injustiça, me serviram de referência e exemplo do egoísmo humano. Eu devia ter uns cinco anos.
Bethania era mais grave, uma entidade quase. Quando a ouvia cantar Sem Açúcar, eu ficava tentando imaginá-la se transformando em um cavalo... Ainda me faltavam informações para isso.
A base foi essa, meus primeiros anos, mpb básica e incontestável. Ainda estavam por vir os 80.


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